Difícil.
Muito.
O pedido feito pelo já em distância paulo-outro. Recuperar as memórias que nos fazem outro(s). Foi penoso, desta vez. Este processo só consegue ser verdadeiramente compreendido por quem tem este privilégio. Uns poderão pensar que é coisa de artistas. A mania da diferença.
Que pobres de vivências são eles! Que pobres de plenitudes e liberdades são eles!
Muito.
O pedido feito pelo já em distância paulo-outro. Recuperar as memórias que nos fazem outro(s). Foi penoso, desta vez. Este processo só consegue ser verdadeiramente compreendido por quem tem este privilégio. Uns poderão pensar que é coisa de artistas. A mania da diferença.
Que pobres de vivências são eles! Que pobres de plenitudes e liberdades são eles!
O palco. Especial e Único. As iniciais de EU que somos todos nós.
Na procura do paulo-outro foi preciso, desta vez, tornar ausente-pó aqueles que se querem eternos. E é nesta oposição, devoradora e muito sofrida, que se vai criando uma personagem... será só?... A realidade tornada teatro. Um telemóvel. A morte. A procura de uma resposta, no palco nunca encontrada, pela dificuldade do processo.
Neste amadorismo teatral... ou neste teatro amador...?... os empréstimos do paulo-eu são feitos de pequenas fusões. Nunca poderá ser total, pois a perda de nós próprios seria destrutiva. Para isso, temos a mão, os conselhos, a atenção e consciência de um outro que nos sobrevoa e acolhe. E esse, só nós verdadeiramente o vemos. E é, então, com um sorriso, que podemos ser o menos bom de nós, o mais assustador, aquele que faz o que nunca faríamos noutros contextos. E o que faríamos também. E no final de tudo
um alívio.
O tempo anterior à reposição é curioso porque o paulo-outro está sempre ao nosso lado, como uma sombra-outra. O tempo vai caminhando, essa sombra vai-se tornando distante e, quando menos se espera, há um toque no ombro.
Conhece-me? Sim, e estou aqui para te lembrar que tudo vai voltar.
Mais uma vez as referências, tornadas no palco em angústias, dúvidas, procuras. Os fragmentos que se querem conjugados num só.
Mais uma vez as referências, tornadas no palco em angústias, dúvidas, procuras. Os fragmentos que se querem conjugados num só.
Vacila-se. A queda.
Depois erguemo-nos, agora mais conscientes, mais alertas, mais felizes, até.
Depois erguemo-nos, agora mais conscientes, mais alertas, mais felizes, até.
A travessia feita com sucesso.
Neste momento, a angústia de nada mais voltar a ser como era. Porque a vida é mesmo assim, se tiver que ser. A revolta de se viver em suspensão.
Neste momento, a angústia de nada mais voltar a ser como era. Porque a vida é mesmo assim, se tiver que ser. A revolta de se viver em suspensão.
Fechar-se-á a cortina?
Paulo Martins
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