Não foi fácil manter a garrafa vazia no ar. As onze tentativas seguidas com sucesso soltou-nos e fez-nos sorrir, o que é sempre agradável para o ensaio das cenas. A forma como a garrafa roda pelo ar, o cuidado em lhe dar a palmada no sítio certo levanta, realmente, algumas dificuldades. Mas tentámos e acabou por resultar. Talvez seja importante voltar a fazer o exercício. Também as personagens vão rodando de diversas formas e vamos experimentando outras formas de falar, outros gestos. Somos, no fim, garrafas no ar, desejosas de ser bem amparadas e lançadas. Foi curioso o ensaio na rua, na esplanada da pastelaria. A cumplicidade entre as duas personagens, a desconfiança, as outras personagens que se iam metendo pelo meio para procurar reacções.
De regresso ao nosso espaço, o ensaio de uma cena nova, a do jogo de xadrez entre o Hugo e o Armando. Começámos de uma forma muito "leve", para irmos afinando pouco a pouco. A Benvinda acabou por estar presente naquele jogo e foi importante por causa do charme do Armando. Houve momentos em que me lembrei de uma peça da qual tenho muitas saudades. A contracena com o M é sempre muito divertida e cheia de energia, o que já tinha acontecido aquando da batalha com uma espada e com uma... meia espada.
Continua a ausência, entretanto. E o cansaço.
E fecha-se a cortina.
Paulo Martins
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